quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sono

O sono interrompe-me
Deixo de escutar
Latejo
Quero dar-lhe palavras ao ouvido
Mas,
Queimo-me
E tudo se torna mais visceral. 

Mary Anne

O lábio treme,
rouge.
O lábio delicia-se, compromete-se.
Mary Anne,
repete-se,
é embalada no andar oscilatório do silêncio.

É, por fim na luz de Inverno que se tocam. 

Marie lasciva

Percorre as ruas suturnas pigmentadas de um azul corporeo que leva o inócuo ao mais intímo de marie.
Ela sente-se cair no abismo esfaqueada.

Mel

O mel tornara-se tormento
Doce unguento de vaidade
É,
Tudo na falta de um amplexo

Luz

A pouca luz da rua atraiu-me à armadilha
Dei por mim, abandonada…
Mas,
É no abandono que encontro a minha felicidade.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

de compromisso,

Venenos de compromisso
Cuspo-os todos ao chão,
E nem terra lhe atiro para cima. 

Sono

O sono interrompe-me
Deixo de escutar
Latejo
Quero dar-lhe palavras ao ouvido
Mas,
Queimo-me
E tudo se torna mais visceral. 

Flor-do-mal

São lábios castanhos
A nova flor-do-mal
Antes me rasgassem o torax
Com dedos infectantes.

Que a máquina da tortura medieval
cubra o meu corpo por completo. 

domingo, 28 de fevereiro de 2010

compartimento-memória

Compartimento- memória de
Pirâmides oblíquas que flutuam
em frente ao
(espelho)
um vestido Azul-vermelho


Lambi a carne dentro de um veículo
Dentro-fora
Do estómago e bilis-azul corrói.
Sento-me,
quando à noite o lobo bate à porta.

um seio aberto

um seio aberto
e

o silêncio cai em usura

bebi o teu sangue

e os meus orgãos apodreceram.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Mary Anne

de olhos verdes

abandonou-me.


Antes,
indicou-me o caminho para o ventre da mãe-maior
ainda,
me levou um sorriso
e um orgão vital

agoiro

Pelos de mau agoiro


Eriçam-se

Enquanto

A

Face

Rosada

Lambe

Me

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um seio nu

Um seio nu,
“um lugar comum”
Projectei a voz de cansaço
(uma última vez).
Pintei o cabelo
e
regurgitei Azul

Um cigarro

Um cigarro,
hoje apetece-me um cigarro como quando tinha quatorze anos…

Imprimi-lhe o meu desejo

Imprimi-lhe o meu desejo.
O desejo de a amar loucamente e por poucos instantes.
Ela fugiu mais uma vez…

Vesti-me,
e voltei para casa.

Renda Azul 0.02

Vesti-me de renda azul,


Esfaqueei-a lentamente até que todo o sangue-podre poluidor estivesse fora do seu corpo.

sábado, 16 de janeiro de 2010

O banho

Tomamos banho juntas.
Ela lavou-me a poluição dos ombros.

Tudo começou comigo em urgência.
Entrei na casa de banho e comecei por lhe lavar o cabelo.

Ela assim o quis. - pensei eu.

Renda Azul

Renda azul,
adornava o pecado enquanto me contorcia em doces fulgores
que me
 regurgitavam da mente

A mente é-me traicoeira...
NÃO a oiço profundamente!
Ou, poderia dar-me à minha morte lenta
e claramente CAVERNOSA.