Marie Antoinette Avant La Letre
In underground.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Sono
O sono interrompe-me
Deixo de escutar
Latejo
Quero dar-lhe palavras ao ouvido
Mas,
Queimo-me
E tudo se torna mais visceral.
Mary Anne
O lábio treme,
rouge.
O lábio delicia-se, compromete-se.
Mary Anne,
repete-se,
é embalada no andar oscilatório do silêncio.
É, por fim na luz de Inverno que se tocam.
Marie lasciva
Percorre as ruas suturnas pigmentadas de um azul corporeo que leva o inócuo ao mais intímo de marie.
Ela sente-se cair no abismo esfaqueada.
Mel
O mel tornara-se tormento
Doce unguento de vaidade
É,
Tudo na falta de um amplexo
Luz
A pouca luz da rua atraiu-me à armadilha
Dei por mim, abandonada…
Mas,
É no abandono que encontro a minha felicidade.
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